Os autores pretendem com este artigo dar a conhecer as dificuldades reais com que se deparam, diariamente, ao tentar integrara um doente do foro psiquiátrico no seu meio sócio-familiar e cultural, ilustrando essas mesmas dificuldades através da apresentação de um caso clínico de um doente com esquizofrenia paranóide e um instrumento de longa duração no Serviço de Psiquiatria-Homens da Universidade de Coimbra. Pretendem ainda, dar maior ênfase às dificuldades sentidas aquando da preparação da alta hospitalar e reinserção social, deste doente, bem como todas as estratégias e procedimentos desenvolvidos para o sucesso da intervençã. Neste caso, o planeamento estratégico, a persistência e a interligação entre a equipa de saúde do Serviço de Psiquiatria, a comunidade e uma Instituição de Solidariedade Social da área de resistência do doente, estiveram na opinião dos autores, na base do sucesso desta reinserção social.