O suicídio é um acto tão misterioso como inexplicável, tendo por isso merecido a especial atenção da humanidade através dos tempos. Nós não constituímos excepção e não escondemos o nosso fascínio pelos horizontes obscuros da suicidologia. O presente trabalho constitui, por isso, o culminar da busca de resposta a três questões que nos têm acompanhado nos últimos anos: existe um direito ao suicídio? Poderá considerar-se um suicídio dito "racional" e não determinado por qualquer distúrbio psiquiátrico? Qual a atitude do psiquiatra perante o indivíduo com comportamento suicidário e que recusa ser ajudado? Estamos cientes de que não obtivemos respostas definitivas ou sequer consensuais. No entanto, como o título do artigo sugere, trata-se apenas de um olhar sobre o problema.